29 de jan. de 2011

MCR

Já fazem uns dois meses que a minha banda predileta MY CHEMICAL ROMANCE lançou o novo Cd deles o "Danger Days: The True Lives of the Fabulous Killjoys" . Quem quiser ouvir o cd clique aqui. Eu não comprei ainda o cd mas já quase o decorei porque escuto todo dia na internet e vou comprá-lo o quanto antes porque essa banda é a minha predileta desde os meus 14 anos, sabe aquela coisa de adolescente? É tão gostoso, eu me sinto tão bem ouvindo My Chemical Romance, fico histérica, lembro do show de 18/02/2008, faz um tempinho mas era tão bom! É, muito bom! Eu adoro demais tudo neles e não vou declarar publicamente mas algumas bandinhas que estão "bombando" agora é cópia do MCR, o que me irrita, me dá vontade de socar a banda e os fãs. Mas, tudo bem. Sou do bem, não vou fazer isso, só vou continuar ouvindo minha banda e prestigiá-los sempre. Mesmo odiando esses fãs modinhas, não curtindo muito o novo cabelo do Gerard e ter de ouvir a minha irmã (um dia escrevo um post especial sobre ela) cantando as músicas errados e adorando eles. 
Tá, enfim, eu já declarei o meu amor eterno pela banda e agora estou feliz. beijos gente!



22 de jan. de 2011

Ponto.

Cada um tem o seu ponto fraco (alguns tem todos) e o grande problema é aprender a viver com isso. Sabe? Eu entendo perfeitamente quando Aquiles foi atingido em seu calcanhar, ou quando cortaram os cabelos de Sansão. Na verdade, eu acredito que esses mitos foram feitos pra gente não perder a fé. E, que tanto Aquiles, quanto Sansão quando foram atingidos, não foram atingidos de fato. Aquele pedaço do corpo de ambos, representava a dignidade deles e quando um homem perde sua dignidade, ele perece.
Eu entendi isso essa semana quando meu(s) ponto(s) fraco(s) (re)surgiram e de fato, foi algo tão simples que me deixou péssima. Vou dividir meu ponto fraco porque eu sou forte (mentira) e pra provar que não só figuras mitológicas perderam alguma coisa. 
Quando eu era criança, eu cai da escada do prédio em que morava. Não, não pensem que eu era uma dessas crianças atentadas que não fica 1 segundo quieta. Muito pelo contrário, eu era quieta, muito quieta e almejava ser bailarina. Aí, eu tinha uma apresentação e estava atrasada (pra variar, já que minha mãe e minha vó simplesmente ignoram as convenções impostas de horários).
Aí, eu sai correndo descendo as escadas com uma mala (atores, bailarinos entendem que tipo de mala eu digo, não é mesmo) e o meu vestido, adivinhem? Sim, eu cai de cara e quebrei meus DOIS dentes da frente, faltando pouquíssimo tempo para apresentação. Eu me apresentei, aos 8 anos de idade sem sorrir, com a boca inchada e com uma mãe aos prantos na platéia. 
Eu sei que depois desse dia eu tenho dois pontos fracos: meus dentes quebrados e meus olhos. Os olhos? Como assim Juliana? Eu autorizo me perguntarem isso, mas antes, eu explico. Depois da queda descobriram 2 graus de astigmatismo em mim, além de ter de operar os olhos para abrir o canal lagrimal. já que era "fechado" de nascência. Sendo assim, aprendi a conviver em meio de oftalmoligistas, óculos, lentes de contato, dentistas,canais, e dentes réplica aos da Mônica (já que a resina me deixava dentuça).
Agora com 19 anos eu arranquei meus ciso, usei aparelho antes e coloquei facetas nos meus dentes (nos olhos eu me contento com a lente de contato mesmo). Eu fiquei tão feliz, eu não parecia mais a Mônica. Fazia um mês que eu estava com elas e eu era a mulher mais bonita e sorridente do universo. Mas, como dizem as avós "felicidade de pobre dura pouco", eu diria mais, diria que dura pou-quís-si-mo.
Eu dormi uma noite, linda, com dentes escovados (higiene é bom, né?) e eu sonhei coisas estranhas, tudo bem que eu sempre sonho coisas estranhas, mas eu tinha voltado a dançar e eu acordei do nada e um dos meus dentes azarados, se azarou mais ainda. A faceta dos meus sonhos caiu e quebrou meu dente de um jeito que não tem mais jeito.
Gente, eu perdi minha dignidade ali. Eu não sabia se xingava o dia que eu cai, o dia que eu coloquei faceta, todas as gerações de todos os dentistas do mundo. Aquiles e Sansão, eu sou mulher mas eu entendo porque vocês perderam a guerra. 
Moral da historia: a coisa mais boba do mundo pra alguém, pode ser o Calcanhar de Aquiles para outro.

18 de jan. de 2011

A mesma.

Bruna não queria que Vitor fosse embora da sua vida naquele dia. Se fosse outro dia, ia doer um bocado, com certeza Mas, naquele dia a dor era muito maior. Eu não queria falar “tchau” de jeito nenhum. Então, o abracei.
            - Você fica tão bonito com essa roupa, parece até adulto. – ele ri.
            - Eu pensei que você não gostasse desse uniforme...
            - Um lado meu não gosta mesmo, me dá medo pensar em você lá em cima, controlando aquela máquina cheia de botões. – ele ri novamente.
            - Você é ótima! E, outra, tudo bem sentir medo, é normal! – beija-a suavemente e começa a ir embora.
            - Vitor, me promete uma coisa?
            - O que, Bru?
            - Promete que você se cuida enquanto estiver lá?
            - Eu sei me cuidar, tanto que eu cuido de você e não o contrário, né?
Bruna sorri e deixa Vitor partir. O coração da garota está muito apertado e uma sensação ruim, como se nunca mais fosse ver o seu primeiro amor na vida, tão alarmante que ela sentia náuseas.
            Os dias se passaram, ela esperava notícias de Vitor, mas nada. Ligava para a mãe dele e ela também não sabia de nada. Ela tinha prometido cuidar do apartamento dele, porque ele não sabia quando voltava. Lá, no quarto dele o seu celular toca.
            - Bruna? É Sônia, mãe do Vitor.
            - Oi, tudo bem com a senhora?
            - Na verdade não.
            - Como não? O que acont...
            - O Vitor faleceu, minha filha.
            Lágrimas, gritos desesperadores.
            Depois dessa ligação as horas se arrastaram, Bruna não lembra de nada, até o momento de vestir qualquer roupa e ir ao enterro de Vitor. Pegou nas mãos gélidas de Vitor, ali deitado, imóvel, mais parecendo uma escultura. Então, deixa cair a primeira lágrima lutuosa.
            De repente, acorda, assustada, desesperada. Pula da cama, confere as horas e entende que foi só um sonho, um sonho ruim e passageiro. Mas a realidade não era tão confortante assim, seu amado estava vivo mas estava longe.
            Afinal, ele era o namorado só na cabeça dela. A dor de tê-lo longe ou morto era a mesma. 

Inspirado em: A Bailarina e o Astronauta - Tiê (vídeo)

10 de jan. de 2011

”Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo. 
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos. 
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso. 
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade… Já tive medo do escuro, hoje no escuro “me acho, me agacho, fico ali”.
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de “amigo” e descobri que não eram… Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE! 
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos. 
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer: 
– E daí? EU ADORO VOAR!"

                                                                                                                                   Clarice Lispector